domingo, 10 de julho de 2011

Rio das Ostras Jazz Festival




tudo começou por volta de um mês atrás, quando eu, rodrigo e luiz conhecemos o baterista do macaco bong em uma jam session na casa verdi. nesse dia recebemos a noticia que ia mudar completamente nossos planos para o feriado de corpus christi. medeski, martin and wood estavam de volta ao brasil, na verdade estariam...o local: rio das ostras jazz festival! nunca tinha ouvido falar desse festival, mas ao pesquisa-lo vi que não era pouca coisa não. algumas das atrações dos anos anteriores eram; john scofield, paul butterfly e muitos outros grandes mestres do blues e jazzzzzzzzz. durante as próximas semanas procuramos interessados em viajar 700km ao norte para passar alguns dias regados de jazz, gabriela de paraty e muita esbórnia. por falta de interesse ou comodismo exagerado conseguimos angariar apenas mais um membro para o carro, nosso amigo israelita, marcelo. ficou combinado que na sexta feira anterior ao show do MMW iriamos partir as 7:00 para evitar o transito escroto dos feriados em são paulo. acordamos as 7:00, decidimos dormir até as 10:00 e as 11:00 acordamos e partimos rumo à nossa pequena festa particular, ao menos era o que imaginavamos. a viagem não teve(ainda) nenhum problema e chegamos em ubatuba, nossa primeira parada, em não mais de 3 horas. pequenas bombas para lá, uma cachaça para cá e assim se desenrolou nosso dia. sabado acordamos cedo e partimos rumo ao festival. fizemos algumas paradas no caminho; para comprar e degustar cachaça no alambique da coqueiro, outra para pegar os dados do doidão que bateu em meu carro, nada muito distante do que haviamos imaginado. acho que o grande inconveniente foi a distancia entre ubatuba e rio das ostras. é MUIIIIIITO longe essa praia! demoramos umas 9 horas para chegar até a cidade, e em poucos minutos já estavamos na arena onde seria o show tomando gabi e comendo espetinhos. enquanto uma banda que não recordarei o nome tocava, agente bebia. acabamos encontrando uma colega da PUC com amigos engraçados vestidos de forma bizarra, isso(não apenas) foi o fator desencadeador de toda a doideira que seguiu. aos poucos o clima foi tomando conta da gente e nós fomos tomando conta do festival, nos apropriamos do lugar e do som, ninguém estava tão empolgados com o show do MMW como agente e isso foi visivel quando a banda começou a entrar no palco junto ao saxofonista bill evans. seria impossivel retratar a explosão de energia que seguiu a apresentação.
a banda demoliu sistematicamente cada pequena noção que qualquer um presente talvez tivesse sobre os limites de atuação sobre o campo da música. quando estão juntos no palco eles deixam de ser chris, john, e billy, se tornando um organismo unico, vivo e em constante metamorfose. evans conseguiu se conectar bem a energia da banda e não houve em nenhum momento alguma quebra no curso natural da musica. eles improvisaram sob temas provavelmente pré determinados a maioria do tempo,mas os grandes destaques foram de fato as músicas do MMW. Se não me engano no primeiro dia eles tocaram junkyard, bemsha swing/lively up yourself e uma terceira à sua escolha.



showzaço! bom. o show acabou, a cachaça secou e nós estavamos sem porto para atracar, demos algumas voltas na cidade e enquanto alguns procuravam caminhos secretos que levariam a uma cama em alguma pousada, acabei dormindo no carro, o que acabou revelando ser uma merda e foi logo trocado pela aconchegante areia do amanhecer.


no outro dia fomos acordados por um policial que pediu/mandou que mudassemos o carro de lugar. fizemos isso e partimos rumo ao pier que tinhamos visto na noite anterior. preciso abrir um pareteses para a descrição da praia. nunca havia visto algo assim. o vento batia tão forte na orla da praia que ondas enormes eram formadas mesmo sem presença de alguma ondulação. nadamos, tiramos algumas fotos e andamos em direção ao palco do lago, onde em um mini anfiteatro um guitarrista cego tocou alguns blues manjados. comemos, tentamos um hit and run não bem sucedido e seguimos em direção ao show de encerramento do festival, mais uma vez MMW junto ao bill evans. o palco era alucinante! era fim de tarde de um dia quente e ensolarado e o palco ficava sobre as pedras do canto esquerdo da praia da tartaruga.





não é preciso dizer que o show também foi alucinante! eles não repetiram nenhuma música no set list e ainda tocacram uma versão bem legal de amish pinxtos do radiolarians 2. fim do show, mais uma vez não tinhamos rumo então seguimos em direção a um estacionamento e montamos a barraca para dormir um pouco antes de voltar. a voltas se deu sem maiores imprevistos e conseguimos a façanha de chegar em são paulo sãos(?) e salvos pela música transcedental de MMW.









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