quarta-feira, 9 de novembro de 2011

pt.1

há quanto tempo não nos vemos!

sim...eu sei que vocês sentiram saudade dos meus posts, mas prometo recompensá-los pelo meu semestre sabático com A minha Descoberta do ano.

nos últimos meses conheci a excepcional música de vanguarda de um pequeno guitarrista porto-riquenho criado no Texas. Alguns vão reconhecer o nome de Omar Alfredo Rodríguez-López como o guitarrista e líder do The Mars Volta, para outros esse nome vai remeter a extinta banda de (punk?). At The Drive-In. Creio que para a maioria esse nome não diz nada.

Até agora!

o que quero mostrar para vocês caros leitores através dessa série de posts é que esse cara é um dos poucos músicos (sem esquecer-se do Sr. White) da nossa geração que está lapidando seu caminho para junto dos grandes. Um dos poucos que vem desenvolvendo sua musicalidade independente de rótulos e amarras, compondoproduzindotocando um pouco de tudo, sempre alcançando resultados muito positivos.

Vou dividir os posts por fases. Primeiro o inicio junto ao At the Drive-In, depois o seu projeto de musica progressiva, The Mars Volta, e por final os projetos solos e bandas alternativas.

começando do começo.

.at the drive in.

após abandonar a escola e percorrer o EUA de carona, Omar acabou retornando a sua cidade natal, El Passo-Texas, mediante a um pedido de seu colega de muitos anos Cedric Bixler-Zavala. Cedric estava começando a montar uma banda e preocupado com o excessivo uso de opióides por parte de Omar achou que seria interessante que ele voltasse para a cidade para se recuperar do vicio e ajudasse na construção desse novo projeto. Inicialmente ele entrou como baixista no At The Drive In, mas após a gravação do primeiro EP acabou assumindo a guitarra e assim continuou até o fim da banda em 2001. Essa primeira fase de suas composições já revela alguns aspectos únicos da sua forma de tocar, aspectos que seriam lapidados durante os anos, como as harmonias conflitantes, a influencia da música latina, o uso de recursos digitais e de manipulação sonora e seu gosto pela improvisação.

Escolhi postar os três últimos álbuns da banda, pois além deles terem uma qualidade de gravação muito superior aos antecessores, é com eles que a banda alcança o nível de composição pelo qual eles são reconhecidos.

.In/Casino/Out .

é o álbum que marca a transição do punk sujo dos dois primeiros trabalhos para um som mais trabalhado. A estética continua baseada nos arquétipos do punk, mas a banda aprofunda o nível das composições. A maturidade da banda se mostra também nas letras criadas por Cedric. Destaque para a poética, Napoleon Solo.



.Vaya.

é o segundo ep da banda. nesse trabalho podemos observar a introdução de novos elementos nas musicas como os instrumentos e a percussão latina, o uso de sintetizadores e a aproximação com o dub.


.Relationship of Command.

A obra prima! Na minha opinião (e de muitos) o ultimo grande trabalho de guitarra do século passado. Todas as musicas tem aquele elemento .x. , misto de qualidade, inovação, groove, e muito, mas muito caos! Desde a primeira batida de arcarsenal, até a ultima nota de non zero possibility a banda esbanja energia e criatividade. Até Iggy Pop se rendeu a eles e fez uma participação na faixa Enfilade. Discão!


Para finalizar o post, e deixar vocês com um gostinho de quero mais, fica aqui a apresentação deles no big day out 2001. Uma das mais explosivas apresentações ao vivo que já vi.

até mais ver!



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