quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Radio Moscow

IIIIIIIIIIIIIIIIOWW! Aqui é o Rodrigo (Preto) outro colaborador do Elefante Psicodélico. Como já sacaram neste blog vamos postar os melhores álbuns da história, bootlegs (que nem no primeiro post), “é, apenas o creme da música”, noticias e tudo mais ligado a música e cultura. Vamos iniciar com esse post um método pra avaliar os discos postados, quanto a sua qualidade musical (composição e o quão bem soa pros ouvidos), qualidade de áudio (mais para os bootlegs) e o grau de loucura que seria a piração musical da banda, psicodelismo e o quanto ela consegue deixar você maluco(a) e surtando! Ae as notas vão de 0 a 10! ☮


É isso ae então! Agora vamos à resenha..


Vou apresentar a vocês uma banda que faz um som que eu já estava procurando a muuito tempo, um som que revive a grande era do Rock N' Roll anos 60, e o mais foda de tudo é que ela é atual. Essa banda destruidora chama Radio Moscow e vem arregaçando desde 2003 quando foi formada pelo mestre Parker Griggs: guitarrista, baterista, vocalista e ainda escreve as músicas. No começo era apenas um projeto solo de Parker Griggs, que ia se chamar “Garbage Composal”, mas esse nome durou pouco tempo. Ficaram com esse nome até Griggs pirar numa música chamada “Go Go Radio Moscow” da banda “Nikita The K”, depois disso ele chamou uns brothers pra uma Jam e desde então a arte não parou. Eles são la de Iowa, USA e começaram a gravar os seus sons apenas quando o baixista Luke McDuff se junto à banda em 2006 (que já saiu logo em 2007 para a entrada de Zach Anderson, que continua até hoje), e lançaram seu primeiro disco homônimo com o próprio Griggs gravando as baterias e para os shows ao vivo passaram três nomes (Keith Rich, Todd Stevens e Paul Marrone) para acharem o até então definitivo Cory Berry. Neste primeiro disco eles receberam a ajuda de ninguém menos do que Dan Aurebach, o talentoso guitarrista do “Black Keys” (outra banda de blues rock destruidora que ainda ganhara o seu post aqui no blog), que além de ser o produtor do álbum e engenheiro de som também deixou sua marca nas músicas “Introduction” e “Timebomb” fazendo uma Slide Guitar derreter.


Com este disco de estréia já da para perceber o potencial da banda em misturar um blues rock moderno com guitarras psicodélicas a la Hendrix. O disco começa com uma “Introduction” já pra ter uma idéia do que esta por vir, abusando do Wah-Wah num ritmo bem eufórico de guitarra e batera acelerando até quase explodirem e param tudo para a entrada do riff de baixo de “Frustrating Sound”. Uma boa música pra mostrar suas influências, com estilo de cantar voltado pro blues, mas sempre com seu toque moderno e único, uma letra de não mais que duas estrofes pois a partir dos 1:30 os dois arregaçam no instrumental pra mostrar que não são uma banda qualquer! Parker Griggs já começa ai a demonstrar suas habilidades de “derreter” a guitarra! E então entra “Lucky Dutch” com um riff de guitarra pra te mostrar o que é um blues rock psicodélico
, uma música de grande destaque no disco, mostrando a facilidade deles em entrar e sair do solo quando quiserem alternando os instrumentos, muito foda! Em seguida “Lickskillet”! Uma instrumental nervosíssima, com certeza a melhor do disco e de muitos tempos da história do blues rock! Começa com um violão blueszera e chocalho bem suave até entrar a guitarra que merece seu lugar na calçada da fama, com uma pegada que lembra bastante Keith Richards ela vai tomando conta da música e ficando cada vez mais psicodélica chegando no pico aos 4:00 e assim vai até sofrer overdose. Próxima, “Mistreating Queen” mais um hit do disco, muito boa pra ser boa ser tocada ao vivo, bastante empolgante e com um solo final de tirar o fôlego, aberta aos improvisos. Então “Whatever Happened” música boa feita intera com uma base de blues mas acaba não se destacando tanto, mas nunca pecando nos solos. Na “Timebomb” o que merece créditos é a sua letra, onde se vê um Parker Griggs revoltado com alguma minazinha bem pentelha, descontando sua fúria no refrão: “Just let me be! No, you don’t control me!”. Em “Deep Blue Sea” Parker Griggs demonstra toda sua habilidade de criar um bom e velho blues, bastante raiz com letras boas e uma musica que ao vivo tem bastante flexibilidade para o improviso, grande destaque! Então o disco se fecha com duas faixas instrumentais, primeiro “Ordovician Fauna” onde é investido todo o experimentalismo do disco, mantendo-se numa aura indiana psicodélica, e para finalizar a energética e empolgante “Fuse” com ótimo riff e um solo no meio para lembrar a aura indiana deixada por “Ordovician Fauna”, bom som para terminar uma obra do blues rock psicodélico, representa! E claro não podia deixar de comentar a ótima e psicodélica capa do disco (criada por Anthony Yankovic), que você vai girando e enxergando coisas diferentes, que arte!

Todas as músicas escritas por Parker Griggs; "Introduction" e "Timebomb" co-escritas por Dan Auerbach.
  1. "Introduction" – 1:19
  2. "Frustrating Sound" – 3:54
  3. "Luckydutch" – 4:40
  4. "Lickskillet" – 4:55
  5. "Mistreating Queen" – 4:32
  6. "Whatever Happened" – 3:20
  7. "Timebomb" – 3:17
  8. "Deep Blue Sea" – 5:39
  9. "Ordovician Fauna" – 2:01
  10. "Fuse" – 3:13
Músicos:
Parker Griggs – vocal, guitarra, bateria, percussão
Luke McDuff – baixo
Colaboradores:
Dan Auerbach – slide guitar, produção, engineering
Chris Keffer – masterização
Anthony Yankovic – arte gráfica
Notas:

Qualidade Musical: 8,5
Grau de Loucura: 9,0


Brain Cycles! Provavelmente o melhor disco de 2009 (em minha opinião) e com certeza o meu melhor achado do ano até agora foi o Radio Moscow. La estava eu navegando pelos blogs musicais (agora não me lembro qual) procurando por um som novo e fodastico quando me deparo com a capa de Brain Cycles. De cara já me chamou bastante a atenção. Minhas expectativas aumentaram muito pela capa ter uma “mente aberta”, um terceiro olho, a fonte psicodélica e ainda o disco chamando Brain Cycles, não pensei 2 vezes e fui logo baixando enquanto lia uma curta resenha que falava muito bem mas não o suficiente pra um disco disco de tal qualidade musical. Mas lógico o único jeito de descobrir é ouvindo. Dei a sorte de estar perto das 4:20! Então já fui preparando o ritual, enquanto o download terminava, e nas exatas 4:20 comecei a ouvir o disco que mudou totalmente meu conceito sobre o rock atual! A cada nota musical eu pirava mais, a cada riff eu me impressionava mais, enfim todas as músicas eram petardos mentais! E é por isso que vou precisar fazer um breve comentário sobre cada música.
O disco inicia com “I Just Don’t Know”, e que jeito de começar um disco de blues rock psicodélico! Demora uns 20 segundos no começo para o guitarrista do ano iniciar a música de um jeito sublime, mostrando que a alma dos grandes guitarristas que já marcaram sua presença na história ainda esta bem viva por ai e nos dedos e pés (Wah-Wah) de Parker Griggs. Destruidor! E o som vai te levando, sempre com alguns toques modernos nos efeitos. Seus solos são tão naturais que até da à impressão que ele esta improvisando ao vivo. Outro destaque dessa música é a bateria no final, cheia de viradas styles para provar que Griggs também manja do instrumento. Em seguida entra “Broke Down” com um riff-base brutal que fica martelando na sua cabeça após ouvir. Aconselho a ouvir essa música com fone de ouvido (alias o disco inteiro) porque o vocal e sons ficam alternando de lado toda hora, que da um efeito bem style. O solo final dela também dispensa comentários! “The Escape” se destaca pela sua letra doida e altas quebradas de ritmo. Uma música com 3 solos (e isso acontece em diversas), algo bem incomum hoje em dia não? Seu solo final te levara ao pico. Que é exatamente onde você deve estar para ouvir “No Good Woman”, que acaba de dar as caras com seu riff de baixo fodástico! Com uma letra e ritmo raivoso, logo aos 2:20 ele já entra com um solo brutal! E vai seguindo com Griggs dizendo o quanto esta cansado de esperar por ela até a entrada de um incansável e veloz solo de bateria, que é bem style, mas na minha opinião faltou algo mais, talvez mais “feeling”. Só que isso não importa, pois o pico da musica ainda esta por vir! A volta triunfal da guitarra com uma pegada pra La de monstruosa! Só ouvindo pra descrever. E então prepare o seu cérebro, pois a próxima música vai alterá-lo e derretê-lo! Entra a faixa-título “Brain Cycles”, para mim a melhor instrumental até agora do Radio Moscow, ganhando até da absurda “Lickskillet” (do primeiro disco). O riff mais empolgante do ano! Com direito a teclados a la 60’s e um solo de guitarra estuprador de criancinhas inocentes pra finalizar. Ai vem “250 Miles” que é o melhor blues rock do século 21 que eu ouvi até hoje, e acho difícil aparecer algo superior. Ela entra com um blues bem suave, daqueles que “pede” pra você acender um cigarro, com a guitarra presente nas viradas e uma letra estilo oldschool do blues que deve se encaixar para muitas pessoas. Então aos 2:12 começa o solo que merece um troféu! Puta que o pariu que solo do caralho! Mais uma vez o Radio Moscow prova o poder que tem musicalmente. E se já não bastasse, é agora que entra a melhor música do disco: “Hold On Me”. Considerei ela como a Voodoo Child da nossa geração, e acho que não exagerei nem um pouco! Além de o riff (e que puta riff!) ter uma boa semelhança com o de Voodoo Child a pegada do Hendrix é presente na música toda. Uma música impecável. Vê-la ao vivo deve ser surrealmente enérgico! E depois desse soco na mente eles dão uma quebrada no ritmo frenético com a western faixa instrumental “Black Boot”, onde rola um violãozinho ácido, que é uma ótima trilha para dirigir numa estrada ensolarada fumando um “paieiro” ou simplesmente mascando um capim dourado. O riff que entra a seguir de “City Lights” começa mais o menos no ar psicodélico da “Black Boot”, um puta riff foda! E ele vai indo até a quebrada de ritmo para a entrada do vocal, que é o grande destaque deste som (sem comentar o solo que é sempre um espetáculo a parte), Griggs vai rasgando sua voz no maior estilo grunge, lembrando até performances de Cobain. Por esse motivo que muitas vezes deixam ela para terminar o show e poder estourar a voz e tudo mais. E para finalizar esta Cabulosa obra do blues rock ácido nada melhor que uma música onde da para sentir claramente todos os ingredientes da grande “feijoada de Rock N’ Roll” que é o Radio Moscow! E esta música é “No Jane”. Começando com uma batera Mitch Mitchell passando pra uma guitarra Clapton que logo vira Tony Iommi e depois se mantém no bom e velho Hendrix, nunca esquecendo aquele toque de Peter Green lógico. Que o próprio Griggs diz que é sua maior influência. E quando ela chega la pros 2:30 já está bem no ponto, com os improvisos rolando solto e loucamente, o baixo mantendo uma aura Black Sabbath bem insana; ao vivo esta parte deve ser bicho! Então ela vai se derretendo, abusando do experimentalismo e efeitos de estúdio, sons ao contrario e tudo mais. Simplesmente intenso!
Do caralho achar uma banda desse nível nesses tempos onde quem tem o maior espaço é apenas o lixo musical que ganha prêmios da MTV (a maior culpada de todas pela medíocre cultura musical da grande massa mundial), usa franja ou tem mais brilhantes que a minha avó, entre outros que não quero nem lembrar. Por isso que pelo meio de blogs, todos que tem o fino gosto pela música, vamos tentar expandir ao máximo as mentes musicais. Então podem esperar muito mais. Voltem sempre pra dar uma olhada aqui no “Elefante Psicodélico” porque o nosso acervo e tão grande e seleto que da para postar por altos anos ainda! Seule La Crème De La Musique!!!

Ps: se você teve a paciência de ler até aqui valeu pela visita e baixe logo Radio Moscow, aconselho começar pelo Brain Cycles. Até


Todas as músicas escritas por Parker Griggs; "No Jane" co-escrita por Zach Anderson.
  1. "I Just Don't Know" – 5:00
  2. "Broke Down" – 4:15
  3. "The Escape" – 4:00
  4. "No Good Women" – 8:13
  5. "Brain Cycles" – 3:23
  6. "250 Miles" – 4:52
  7. "Hold on Me" – 3:20
  8. "Black Boot" – 2:04
  9. "City Lights" – 3:58
  10. "No Jane" – 5:20


Músicos:


Parker Griggs – vocal, guitarra, bateria, percussão, produção
Zach Anderson – baixo
Colaboradores:



Anthony Yankovic – arte gráfica
Notas:
Qualidade Musical: 9,75
Grau de Loucura: 9,5

Download Brain Cycles MediaFire


Ps²: Para quem curtiu e quer mais, aqui vai um brinde: Download Hearya Live Session (11/24/07) MediaFire
Uma session que eles gravaram em Chicago, para sentir de leve qual é a pegada da banda ao vivo. Destaque para “Deep Blue Sea” extendida.


Qualidade Sonora: 10


Um comentário:

  1. pegada einnn! blues de verdade hj em dia!
    primeiro cd mto bom, vou ver os outros!!

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